5 técnicas para uma agricultura sustentável que ajudam na preservação do solo

Os dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostram que um terço do solo do mundo está degradado. Por isso, o tema de hoje são técnicas de preservação do solo. Ideal para quem busca uma agricultura mais sustentável.

Assim, o solo estar degradado significa que eles perderam, em certa medida, sua capacidade de fornecer serviços ecossistêmicos, como regulação hidrológica, absorção de carbono ou armazenamento de nutrientes para a produção de alimentos.

A agricultura tem um papel fundamental a desempenhar na prevenção desta situação. Técnicas de plantio sustentável podem melhorar a qualidade do solo para que ele continue sendo uma importante fonte de serviços naturais benéficos para a sociedade como um todo.

homem com epi jogando líquido em plantas

Técnicas para preservação do solo

Rotação de culturas

A rotação de culturas é uma técnica tão antiga quanto à própria agricultura, mas foi perdendo espaço nos últimos anos por razões econômicas e políticas agrícolas.

Ela é uma alteração daquilo que é plantado numa mesma área, evitando o esgotamento de nutrientes e desequilíbrios químicos e biológicos no solo.

Por exemplo, você pode plantar soja em sua lavoura e depois mudar para o plantio de milho. Isso evita a prática da monocultura, danosa à vida e à conservação do solo.

Recuperação das pastagens degradadas

A agricultura sustentável é incompatível com a vasta quantidade de terras que sofreram degradação no Brasil.

Os números variam de acordo com o método, mas estima-se que o país tenha de 30 a 100 milhões de hectares de pastagens degradadas e outros 2 milhões de hectares de áreas improdutivas.

O grande número de pastagens degradadas indica que o gado não precisa ser deslocado mais para dentro da floresta para expandir sua produção.

Mas pode investir na revitalização dessas áreas, tornando-as novamente produtivas.

Essa é inclusive uma das metas do país no Acordo de Paris, quando o Brasil se comprometeu, entre outras coisas, a restaurar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas até 2030.

mãos segurando terra

Retorno da Matéria Orgânica

Uma das técnicas mais importantes é garantir que a matéria orgânica seja devolvida ao solo.

No entanto, este é o grande “calcanhar de Aquiles” da agricultura brasileira. Devido ao clima tropical, os nutrientes que caem no solo a partir da matéria orgânica são rapidamente absorvidos pelo solo.

Ao mesmo tempo, provoca sua rápida decomposição, o que obriga o uso de fertilizantes químicos para compensar a perda de nutrientes no solo antes da colheita.

Desta forma, a agricultura orgânica é muito importante. Quanto melhor o manejo agronômico, mais solos são criados que não necessitam de produtos nocivos à vida tanto do solo quanto dos produtores, como fertilizantes químicos e pesticidas.

O próprio solo fornece os nutrientes que as plantas precisam através de seus organismos.

A agricultura orgânica já existe em pequena escala, mas é preciso criar oportunidades de expansão em maior escala.

Integração Lavoura-pecuária-floresta

A integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLFP), é uma tecnologia que permite combinar produção agrícola, pecuária e silvicultura em um único ambiente.

Essa integração pode acontecer simultaneamente – por exemplo, em um sistema silvipastoril há pastagens para gado e árvores convivendo no mesmo espaço – ou sucessivamente, quando se planta uma lavoura para ser substituída por  gado ou floresta.

Os benefícios da integração Lavoura-Pecuária-Floresta:

  • Melhores nutrientes do solo e  bem-estar animal; 
  • Produção de grãos, fibras, carnes, leite e produtos madeireiros e não madeireiros;
  • Criação de empregos diretos e indiretos; entre outros.

E tudo isso sem entrar na floresta, protegendo nossos recursos naturais.

uma mão segurando uma muda de planta

Sistemas Agroflorestais

Por fim, a restauração florestal é uma forma de agricultura sustentável, no qual se cria um sistema agroflorestal (SAF) no terreno.

O SAF combina espécies florestais como árvores frutíferas ou madeireiras com cultivos tradicionais.

As árvores proporcionam benefícios ecológicos significativos, como melhorar a  qualidade do solo, reduzir a erosão, proteger os cursos d’água e estabilizar os microclimas.

Enquanto as árvores não crescem nem frutificam, o sustento da agricultura é produzido em parceria com as árvores.

Um exemplo desse sistema foi realizado por famílias que antes  produziam apenas mandioca passaram a plantar árvores nativas como cupuaçu, açaí e mandioca, além das espécies frutíferas adaptadas.

Com essa mudança, a comunidade passou a integrar a floresta com a agricultura e abandonar práticas ultrapassadas como o uso do fogo na agricultura.

O resultado é geração de renda e proteção florestal ao mesmo tempo.


Você já conhecia essas técnicas que tornam a agricultura uma prática sustentável e ajudam na preservação do solo? Conte para a gente qual delas você achou mais interessante.

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